tag:blogger.com,1999:blog-48935268006442792412024-03-14T00:08:09.190-07:00CINE-FILSUnknownnoreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-73804796567132777672015-01-10T18:44:00.000-08:002015-01-10T18:44:12.469-08:00Amantes Eternos (de Jim Jarmush, 2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6POuBM4t5XS93XbrYzM9Nj1d58Kin0MYhuw6YYIp2t7Ul2Y4WLVZn3m4W0PpA78dacMq2F5UCBW3jk7RoUZfYIz41U5tHuzL6il1xQmG-N9TDL0LCTNM6l7jHSG4mvlTwD4uClT2yt8/s1600/Amantes+Eternos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6POuBM4t5XS93XbrYzM9Nj1d58Kin0MYhuw6YYIp2t7Ul2Y4WLVZn3m4W0PpA78dacMq2F5UCBW3jk7RoUZfYIz41U5tHuzL6il1xQmG-N9TDL0LCTNM6l7jHSG4mvlTwD4uClT2yt8/s1600/Amantes+Eternos.jpg" height="320" width="219" /></a></div>
Jim Jarmush não é acostumado com o usual em suas produções. Com um cinema que anda de mãos dadas com a música, as realizações do cineasta se iniciam com os já considerados clássicos modernos <b>Estranhos no Paraíso</b> (1984) e<b> Daunbailó </b>(1986) e avança durante os anos 90 e 00 com produções como <b>Ghost Dog</b> (1999), a série de segmentos<b> Sobre Café e Cigarros </b>(2003) e o esdrúxulo <b>Os Limites do Controle</b> (2009).<br />
<br />
Comprovando novamente essa tese em seu mais recente filme, <b>Amantes Eternos</b> (Only Lovers Left Alive, 2014), o diretor certamente força ainda mais o seu espectador para um terreno inesperado em sua filmografia: uma produção sobre vampiros. Como bem colocamos, é um filme de Jarmush e então, as coisas nem sempre irão por uma trajetória comum. Aqui, seus vampiros não são como a grande maioria descrita em contos e filmes infanto-juvenis.<br />
<br />
Intelectuais, Adam (Tom Hiddleston) e Eve (Tilda Swinton), a analogia dos nomes não é mera coincidência, são dois vampiros que vivem entre os mortais há séculos. Eles não saem à noite para caçar vítimas, muito menos seduzem mocinhas ou brilham no escuro. Grandes incentivadores e contribuidores, a dupla acompanhou das sombras, durante esses séculos, grandes intelectuais (escritores, cientistas, músicos e pensadores) que moldaram a nossa sociedade. <br />
<br />
Enquanto Eve vive em Marrocos, Adam passa seus dias em uma solitária e escura Detroid, acompanhado de sua música. O vampiro parece não encontrar mais uma perspectiva para seus dias nessa encarnação e Eve retorna à companhia do companheiro com o objetivo de acalmá-lo. Juntos o casal contrasta, afinal são um tanto quanto opostos. Eve é um ser alegre e calmo, e Adam é um tanto depressivo e neurótico. Mas acabam ao mesmo tempo se complementando e equilibrando, como um ying-yang. Toda essa sinergia acaba recebendo uma grande interferência com a chegada da irmã mais nova de Eve, a moderna Ava (Mia Wasikowska). Que serve de contraponto para a vida regrada, reclusa e quase invisível que o casal leva. Ava parece buscar atenção em demasiado.<br />
<br />
Repleto de metáforas, <b>Amantes Eternos</b> traz atuações excepcionais de Swinton e Hiddleston, além das presenças de John Hurt e Wasikowska (uma das mais promissoras atrizes dessa nova geração), muito bem guiados por Jarmus. O filme trata da cumplicidade de um casal, que, por alguma curva do destino, aconteceu de se tornarem vampiros. Apenas.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-30584337912209460312015-01-10T18:40:00.001-08:002015-01-10T18:40:08.238-08:00Lucy (de Luc Besson, 2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz6H8gFb7smpNZTTN8Sz2DbhCe7pY9OwzUrYOpcu3xScGXP0wNLnKBuxFDxtwvABI1RttDwJgxnGEKhnZS-3WXvZbsT_ESzgZ7C8ZWyiKRNhGniTYG3a2iuXhm0s3JPmWlIaQSmfXUSCo/s1600/lucy_ver2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz6H8gFb7smpNZTTN8Sz2DbhCe7pY9OwzUrYOpcu3xScGXP0wNLnKBuxFDxtwvABI1RttDwJgxnGEKhnZS-3WXvZbsT_ESzgZ7C8ZWyiKRNhGniTYG3a2iuXhm0s3JPmWlIaQSmfXUSCo/s1600/lucy_ver2.jpg" height="320" width="225" /></a>Luc Besson apresentou ao cinema francês a capacidade de realizar blockbusters com a qualidade técnica dos norte-americanos, fazendo com que os europeus em nada ficassem devendo em termos de efeitos especiais e direção de arte. Mesmo com uma cinematografia excepcional os franceses ainda, em meio aos seus blockbusters à la Besson (e de Besson), parecem se manter na mesma linha que os americanos, levando à mediocridade as suas narrativas e temáticas. <br /><b><br />Lucy</b> (2014), último filme do diretor que nos deu pérolas como o <i>kitsch</i> <b>O Quinto Elemento </b>(1997) e sua obra maior <b>Leon: O Profissiona</b>l (1994), traz o reflexo dessas problemáticas citadas. Inicia com uma edição que mesmo didática e exageradamente metafórica, parece querer traçar paralelos e aos poucos criar uma trama engenhosa. Ledo engano, quando menos esperamos estamos envoltos em perseguições, tiros e uma teia conspiratória que envolve a personagem-título. Após ser presa e usada como mula, Lucy, ao chegar com as drogas ao destinatário acaba sendo violentada. Com os socos e ponta-pés, o saco que carrega no estômago acaba por romper, fazendo com que a personagem absorva uma potente nova droga que será lançada no mercado de tráfico. Após absorver a substância, ela acaba acionando partes de seu cérebro que nenhum ser humano consegue, virando uma superinteligência. Certamente uma superinteligência da qual nem 1% foi parar nessa acéfala produção de Besson.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-46832157896288782902015-01-10T18:34:00.000-08:002015-01-10T18:34:00.697-08:00Mil Vezes Boa Noite (Erik Poppe, 2013)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoAXIziI-RY4-CSOhBgZ851JGmp9RTHHHP3Ji_jGCglPWqiwxs8v2CXb4Cik-mbzbl5-9SUCNRonOjhfi8aN8ka73YA-x_hyhmVNChp6od2HXS-iGlBPAoJQ3elJsU8ST0zt3JNxlftT0/s1600/20140924-poster-mil-vezes-boa-noite.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoAXIziI-RY4-CSOhBgZ851JGmp9RTHHHP3Ji_jGCglPWqiwxs8v2CXb4Cik-mbzbl5-9SUCNRonOjhfi8aN8ka73YA-x_hyhmVNChp6od2HXS-iGlBPAoJQ3elJsU8ST0zt3JNxlftT0/s1600/20140924-poster-mil-vezes-boa-noite.jpg" height="320" width="218" /></a></div>
Meryl Streep pode ser a escolha unânime quando se fala na melhor atriz da atualidade, mas não há como concordar piamente após assistir performances de atrizes francesas, em especial Juliette Binoche. Em <b>Acima das Nuvens </b>(Clouds of Sils Maria, 2014), próximo lançamento da atriz no Brasil, a francesa traz nuances à sua performance que refletem uma personagem que não está preparada para aceitar o tempo e a idade, e o mesmo é um dos temas de <b>Mil Vezes Boa Noite</b> (A Thousand Times Good Night, 2013).<br />
<br />
Rebecca (Binoche) é uma das mais renomadas fotógrafas de guerra da atualidade. Acostumada a se arriscar em terrenos de disputa, tudo muda após acompanhar os preparativos de uma mulher-bomba. Acabando acidentada, ela coloca sua família em pânico. É quando seu marido, um biólogo interpretado pro Nikolaj Coster-Waldau, lhe dá um ultimato para retomar a vida longe da instabilidade ou eles se separarão.<br />
<br />
Dirigido pelo sueco Erik Poppe, do elogiado <b>Hawaii, Oslo</b> (2004), <b>Mil Vez Boa Noite</b> é um filme no máximo correto. Sem expandir questões políticas ou vivências passadas da própria personagem, Poppe opta por retratar uma Rebecca impulsionada pela sede de mudanças nas desigualdades que se encontram no mundo. Longe de uma visão pollyanesca que pode modificar o mundo e torná-lo mais feliz, a personagem encontra na sua profissão uma causa, ser uma informante dos acontecimentos que ocorrem pelo mundo e assim conscientizar os outros. Mesmo com o tempo e a idade indo de encontro à Rebecca, afinal ela é uma matriarca, precisa assumir responsabilidades e zelar pela sua segurança própria pelo bem de sua família, ela enxerga de outra forma.<br />
<br />
O diretor ainda coloca a personagem em situação delicada com a sua filha mais velha, havendo aí uma necessidade de reconstrução de uma relação enfraquecida pelo trabalho e pelas guerras. Binoche segura de forma excepcional, como sempre, em uma produção sem grandes pontos de virada e que se mantém exatamente nisso, na vontade e nos ideais de uma grande mulher. O que já é bem suficiente.<br />
<br />
<i>Publicado originalmente na edição #12 do Zinematógrafo de Porto Alegre/RS.</i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-75239673661588744482015-01-01T20:12:00.001-08:002016-12-28T07:30:10.899-08:0070 filmes imperdíveis no Netflix<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">N<span style="font-weight: normal;">ão sei como é na sua cidade, mas na minha, Pelotas, cada
vez mais videolocadoras estão fechando. Se antes era a tv a cabo e depois a
pirataria online, que faz com que os filmes sejam liberados via download ilegal
assim que saem em dvd em outros países, agora a grande pedra no sapato dos
donos desses estabelecimentos, que estão virando sinônimo de nostalgia, são os
serviços de streaming.<br /> </span></span><span style="font-weight: normal;"><br /></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Os irmãos Weinstein, antigos donos da Miramax e atuais
sócios da Weinstein Company, já disseram que se pudessem escolher um lugar para
estar trabalhando no momento dentro da indústria dos filmes, esse lugar seria o
Netflix.</span></span><span style="font-weight: normal;"><br /></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Assim como o Spotify, o Netflix oferece o serviço de
streaming, mas de filmes. Com isso disponibiliza por uma mensalidade fixa, que
podemos considerar baixíssima, um acervo de filmes, séries e minisséries para a
televisão. Até mesmo novelas são disponibilizadas e alguns conteúdos exclusivos.</span></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A mensalidade pode ser considerada baixa se compararmos o
custo mensal à locação de um filme em dvd nas grandes capitais do país. Porém,
no Brasil, o acervo do Netflix nunca foi um dos mais fortes. As séries
dificilmente recebiam novos episódios e os filmes eram da década passada. Até
valia dar uma caminha até a videolocadora.</span></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Felizmente para os consumidores e infelizmente para as
videolocadoras, devido a uma aproximação com as distribuidoras nacionais, a
plataforma agora oferece um acervo excepcional e que já pode começar a se
comparar a países como os Estados Unidos e parte da Europa. Só faltam mais
títulos do cinema nacional.</span></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Como sou uma pessoa com problemas quando colocado à
frente de tantas opções de filmes e séries, gostaria de dividir alguns filmes
que considero um bom guia para desbravar o Netflix. São filmes que assisti ao
longo dos anos e que considero muito bons, alguns guilty pleasures e certamente
alguns excepcionais, se tornando filmes que levo para a vida.</span></span><span style="font-weight: normal;"><br /></span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Na lista, 70 longas-metragens que trazem um pouco de
dramas, comédias, romances, documentários, animações que valem muito a pena dar
uma olhada. Um bom programa para essas férias e feriadões. E pro ano de 2015
também. Bom proveito!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-AaPKUHUEmz1TCg4dbU5mr38amIDCH87Y0a-ugYlkdhRPgCM4Ea6hNXo-42hBJ2AiItg7IY9tDNDsTOVQxp0miwaFZRq2R4BHFVovPuqPK1bgRTeD3Hh7pGVMDjqLOYAGwcB0Ba7ZgwQ/s1600/20507576.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-AaPKUHUEmz1TCg4dbU5mr38amIDCH87Y0a-ugYlkdhRPgCM4Ea6hNXo-42hBJ2AiItg7IY9tDNDsTOVQxp0miwaFZRq2R4BHFVovPuqPK1bgRTeD3Hh7pGVMDjqLOYAGwcB0Ba7ZgwQ/s1600/20507576.jpg" width="127" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">1. Frances Ha<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Um dos
melhores filmes de 2013, <i>Frances Ha</i> é dirigido por Noah Baumbah, de A Lula e a
Baleia, e traz uma garota destrambelhada tentando a vida em Nova York após sua
melhor amiga e colega de apartamento abandoná-la para morar com o namorado.
Amadurecer é difícil, mas Frances faz graça com isso.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">2. Moonrise Kingdom<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">3. Sob o Sol da Toscana<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">4. Secretária de Futuro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">5. A Insustentável Leveza do Ser<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 18pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTjcNIzRvaoEmXUfczVy4_gVFNP3Yho5C7FRPeMe_zW2iw7sO4nXt1cuAJhXwhjOp4SIt5jz7FSKBHLOpx4EXcfxy8Kjr8MuFfCo_Z2Pnkd8kP9_tO6ltKuaPXSRa2QrPR3ygAPh80NXc/s1600/1984_reagan.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTjcNIzRvaoEmXUfczVy4_gVFNP3Yho5C7FRPeMe_zW2iw7sO4nXt1cuAJhXwhjOp4SIt5jz7FSKBHLOpx4EXcfxy8Kjr8MuFfCo_Z2Pnkd8kP9_tO6ltKuaPXSRa2QrPR3ygAPh80NXc/s1600/1984_reagan.jpg" width="130" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">6. 1984</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Para a
geração jovem atual, as distopias são reconhecidas pela trilogia <i>Jogos Vorazes</i>
e <i>V de Vingança</i>. Mas bem antes disso, o livro de George Orwell, <i>1984</i>, transposto para
o cinema pelo olhar do diretor indiano Michael Radford,marcou época. Lançado no
ano em que se passa o livro, o filme traz no elenco os grandes John Hurt e
Richard Burton para contar a história de uma sociedade futurista e totalitária na qual um homem que tem o trabalho de reescrever a fatos históricos decide se rebelar se apaixonando. Clássico essencial.</span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">7. Jane Eyre<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">8. Razão e Sensibilidade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">9. Azul é a Cor Mais
Quente<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">10. Medianeras<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7UH_lfCKIPh_TE_9ozB8fST-BJM8Ue86Km_BpkWM0wxzY9-blvituSC_1q6vg4FbMzeUCD4xAcZJASYxrbtw7NFyzW0P0si6NvXObJ61ZmB_pVpGWQQuwH0dY_AkHggFux5NafoXvyo/s1600/MEDIANERAS_PORT_BAIXA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7UH_lfCKIPh_TE_9ozB8fST-BJM8Ue86Km_BpkWM0wxzY9-blvituSC_1q6vg4FbMzeUCD4xAcZJASYxrbtw7NFyzW0P0si6NvXObJ61ZmB_pVpGWQQuwH0dY_AkHggFux5NafoXvyo/s1600/MEDIANERAS_PORT_BAIXA.jpg" width="135" /></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Os
argentinos possuem uma das melhores cinematografias da América, disso não há
dúvida. Mas são mais lembrados pelos seus dramas com Ricardo Darín do que pelas
suas comédias sem Ricardo Darín, que são igualmente ótimas. <i>Medianeras</i>, o
romântico e cômico filme de Gustavo Taretto é um exemplo de qualidade dos
hermanos. Brincando com a capacidade da tecnologia (computadores e internet) em
aproximar as pessoas, mas também de distanciá-las, o diretor narra a história
de um casal de estranhoa que procuram o amor por Buenos Aires, mas ainda não
sabem que foram feitos um para o outro.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">11. O Despertar de uma Paixão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">12. Secretariat<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">13. Bent<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-JpKCjZDalEGVB_gbr3hfmlU_X0Y88CHkAZXk6Q8bfco1zqlt4TTap0IEmyil0SA7jCswlBUuWSvKhluSodBjZA3wfnoLK4QWKsKZdwG1FXcRdIvOb8qZhElSHlph4EjsqDjY-QMcfRI/s1600/incendios-poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-JpKCjZDalEGVB_gbr3hfmlU_X0Y88CHkAZXk6Q8bfco1zqlt4TTap0IEmyil0SA7jCswlBUuWSvKhluSodBjZA3wfnoLK4QWKsKZdwG1FXcRdIvOb8qZhElSHlph4EjsqDjY-QMcfRI/s1600/incendios-poster.jpg" width="138" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">14. Incêndios<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Bem
antes do intrigante<i> O Homem Duplicado</i> e do suspense pesado de <i>Os Suspeitos</i>, o
diretor canadense Denis Villeneuve realizou o filme que o catapultou a se
tornar um dos diretores mais interessantes (ou não, por alguns) da atualidade.
Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, Incêndios conta a história de um
casal de irmãos que após a morte da mãe, recebem seu último desejo, que façam
uma viagem ao Oriente Médio em busca de suas raízes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">15. Gran Torino<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">16. Moulin Rouge - Amor em Vermelho<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">17. A Escolha de Sofia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">18. Há Tanto Tempo Que te Amo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Kirstin
Scott Thomas é uma atriz excepcional. Reconhecida pelos seus trabalhos em
filmes americanos e ingleses, a novidade para alguns é que a atriz faz muitos
filmes franceses. <i>Há Tanto Tempo que te Amo</i> é um desses filmes e só mostra a
versatilidade e fluência da atriz no outro idioma. Na que pode ser a melhor
performance de sua carreira, Kirstin é uma ex-presidiária que após 15 anos na
cadeira precisa voltar a ter contato com seus familiares. Indicado a dois
Globos de Ouro: filme estrangeiro e atriz para Scott Thomas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">19. Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">20. Chicago<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">21. Transamérica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">22. O Casamento de Rachel</span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8QwgEQU2nYpQPzYFiMikxw1afqIvmq0Jo6Lgy3Lyg5moeK2TNWNfa4vdmuvWcRAlCkEDbT-9vHCYRZkSX_XtViQjdIueNMkyYGh8tyVEA3FGTn9ls1LGeeFdr65rdNYz8I6Peia-GTDw/s1600/copia-fiel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8QwgEQU2nYpQPzYFiMikxw1afqIvmq0Jo6Lgy3Lyg5moeK2TNWNfa4vdmuvWcRAlCkEDbT-9vHCYRZkSX_XtViQjdIueNMkyYGh8tyVEA3FGTn9ls1LGeeFdr65rdNYz8I6Peia-GTDw/s1600/copia-fiel.jpg" width="135" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">23. Cópia Fiel<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Juliette
Binoche é a Meryl Streep francesa e <i>Cópia Fiel</i> é mais um atestado de que a atriz pode
interpretar as diversas nuances de uma mulher e os estágios de um
relacionamento amoroso e seus baques facilmente. Dirigido pelo iraniano Abbas Kiarostami,
<i>Cópia Fiel </i>expõe na tela até onde a cópia é realmente cópia e quando ela pode
até mesmo se tornar o original. Nos enchendo de questões, Kiarostami faz sua
belíssima versão do delicioso clássico do italiano Roberto Rossellini, <i>Viagem à
Itália</i>. A título de curiosidade, o filme foi um pedido de Binoche à Kiarostami. Era um desejo de anos da atriz, protagonizar um filme do diretor. Anteriormente ela só havia feito uma pequena ponta no filme experimental do iraniano, <i>Shirin</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">24. O Palhaço <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">25. O Escafandro e a Borboleta<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">26. Amigas com Dinheiro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">27. Melancolia</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_RBP2kINOY7giVybY7MWlJaVWhwOqIivwL_BqLtSDNIz3-66iHINeUYz3WbLV1cCxYJmZZ8oDc-5Vfaj4QoNw0YVBdNJPxKZbtBsKJ9KUNMK4gyl2KBZG3Voo3GgoTY6jm02F8qAh6U/s1600/locke-movie-poster4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_RBP2kINOY7giVybY7MWlJaVWhwOqIivwL_BqLtSDNIz3-66iHINeUYz3WbLV1cCxYJmZZ8oDc-5Vfaj4QoNw0YVBdNJPxKZbtBsKJ9KUNMK4gyl2KBZG3Voo3GgoTY6jm02F8qAh6U/s1600/locke-movie-poster4.jpg" width="129" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">28. Locke<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Inédito
nos cinemas nacionais e chegando diretamente ao Netflix, <i>Locke</i> é uma história
que se passa durante apenas uma madrugada. Com pequenas elipses, o diretor Steven
Knight traz a história de Ivan Locke, um homem de família decicado e bem
sucedido engenheiro que durante a noite recebe uma ligação, durante um dos seus
maiores desafios da carreira, que pode colocar tudo a perder. Se passando quase
que inteiramente na estrada e dentro do carro de Locke, Knight cria um ambiente
tenso e que se revela aos poucos um cerco fechado para o personagem de Tom Hardy,
em uma ótima atuação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">29. Sentidos do Amor</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">30. Tinha que Ser Você<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf-_oClhAc19LpzO1XzHfYxGHGWhpqfYR5u6GNry3w2VEkjCqYJNmUdh4osR2HyV_i0CvXp8SLKY2xMevlhUyPYxQhWAJg7hv0MpbdVXjdzCkzDajBYRvaLmFWVnXTaGOkwcEWQ3AcDkQ/s1600/DEPOIS.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf-_oClhAc19LpzO1XzHfYxGHGWhpqfYR5u6GNry3w2VEkjCqYJNmUdh4osR2HyV_i0CvXp8SLKY2xMevlhUyPYxQhWAJg7hv0MpbdVXjdzCkzDajBYRvaLmFWVnXTaGOkwcEWQ3AcDkQ/s1600/DEPOIS.jpg" width="135" /></a><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">31. Guerreiro</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">32. Depois de Lucia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">É
impossível não se revoltar durante a exibição de Depois de Lucia, produção
mexicana vencedora da Mostra Un Certain Regard de Cannes. Alejandra e seu pai
se mudam de cidade. Ela é nova na escola e ele em seu emprego de chef. Com o
intuito de recomeçar e se incluírem onde se encontram, eles acabam sendo
corrompidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">33. Orgulho e Preconceito<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">34. A Invenção de Hugo Cabret<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">35. Dúvida<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">36. A Separação</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYErRgBvdDlIojRjPPfFcIy5P60BuNp1OJsEnkfyfZtHr19hXXKkzUFM-gdHM6ns1ksWhdnPl4oem1V5MEfwolJvCcOKqx4QaLufYbWeI4S7P-8JGQLjCLi96WUvGaFJU3i53gmeJYKu0/s1600/Gosford_Park_(2001).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYErRgBvdDlIojRjPPfFcIy5P60BuNp1OJsEnkfyfZtHr19hXXKkzUFM-gdHM6ns1ksWhdnPl4oem1V5MEfwolJvCcOKqx4QaLufYbWeI4S7P-8JGQLjCLi96WUvGaFJU3i53gmeJYKu0/s1600/Gosford_Park_(2001).jpg" width="135" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">37. Assassinato em Gosford Park<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Robert
Altman foi, sem dúvida, um dos maiores diretores americanos. Com uma
filmografia com altos e baixos, ainda assim é inegável seu valor ao cinema
mundial. E <i>Assassinato em Gosford Park</i> é certamente o último filme que
realmente mostra essa qualidade do diretor. Com um elenco estrelar, Altman
conta uma história de assassinato e de classes sociais ao tratar da vida de
empregados e patrões durante uma festa em 1932 em uma casa de campo na
Inglaterra. Indicado ao Oscar de melhor filme e direção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">38. Sangue Negro</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">39. Era Uma Vez no Oeste<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">40. Chumbo Grosso<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">41. Trovão Tropical<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcETi2onRdxyGYy9z8wgbO_NA8PMQPfzi365O_gzfjH_THDr_zNBSSWOSUovAcTUN61pg3ilBUaSa-LOQV7LFo6-L-de27UyoH67c4OkTPIIn_GmCrFaP1MeYsREOdJTDlwkDN4WlAHyI/s1600/coffy1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcETi2onRdxyGYy9z8wgbO_NA8PMQPfzi365O_gzfjH_THDr_zNBSSWOSUovAcTUN61pg3ilBUaSa-LOQV7LFo6-L-de27UyoH67c4OkTPIIn_GmCrFaP1MeYsREOdJTDlwkDN4WlAHyI/s1600/coffy1.jpg" width="141" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">42. Coffy<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Quando
Tarantino decidiu trazer Pam Grier para protagonizar <i>Jackie Brown</i>, não era
meramente por Grier ser uma ótima atriz, era também para ser uma homenagem à
sua importância como sexy symbol e, obviamente, como representante forte do
cinema negro americano dos anos 70. Uma das musas do blaxsploitation, cinema
que destacava o os negros e sua cultura como a música funk e o soul. Aqui em
<i>Coffy</i>, Grier é uma enfermeira que decide se vingar dos traficantes da cidade
após sua irmã ter sido a última vítima deles. É pussypower!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">43. O primeiro que Disse<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">44. Quanto Mais Quente Melhor<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">45. Bastardos Inglórios</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">46. De Repente 30</span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja8qiMAYEMV7c791CYQp-f_p-H3Za2_eI-uwPIThCZdmJVsrRB5bC8K1yrNCgv0KT85B6iLSdFAf1L-G4d1tbDx4TpkxBM-1MM8S_8TUjFjlxRuGJ4nNwg2DT3gVBgJwFKnHcHmxSbPvY/s1600/Lola_Versus_poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja8qiMAYEMV7c791CYQp-f_p-H3Za2_eI-uwPIThCZdmJVsrRB5bC8K1yrNCgv0KT85B6iLSdFAf1L-G4d1tbDx4TpkxBM-1MM8S_8TUjFjlxRuGJ4nNwg2DT3gVBgJwFKnHcHmxSbPvY/s1600/Lola_Versus_poster.jpg" width="133" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">47. Lola Versus<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Greta
Gerwig foi uma revelação interpretando a leve e atrapalhada Frances Ha.
Realizado antes do filme de Baumbach, <i>Lola Versus</i> traz novamente Gerwig como
protagonista e personagem-título. E os desastres na vida das personagens que a
atriz interpreta são sempre presentes, mesmo com Lola parecendo ter tudo da
maneira mais perfeita na sua vida. Prestes a se casar e finalizando seu
mestrado, as coisas tomam um novo rumo quando seu noivo desiste do casamento e
tudo na vida de Lola começa a dar errado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">48. The Rover – A Caçada<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">49. O Segredo dos Seus
Olhos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">50. Os Outros<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b style="text-align: start;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">51. Terra de Sonhos (In America)</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOXtj3dmc_zjXxpuswFTyvKtBQ_wRWIqdx3nh0wTOb_YFwAbDfJLumUHpTcadNprU4OsU3gcspP02xwAyxvm6YAJ28etISmsptwCI8sVUQneAzeVv5edBoEn1XJfaL97UL8r7WYQibseA/s1600/Um-sonho-de-amor-poster1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOXtj3dmc_zjXxpuswFTyvKtBQ_wRWIqdx3nh0wTOb_YFwAbDfJLumUHpTcadNprU4OsU3gcspP02xwAyxvm6YAJ28etISmsptwCI8sVUQneAzeVv5edBoEn1XJfaL97UL8r7WYQibseA/s1600/Um-sonho-de-amor-poster1.jpg" width="136" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">52. Um Sonho de Amor<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Uma
vida de luxos e ostentação parece ser o sonho de qualquer pessoa. Para Emma
Recchi, foi-se o tempo disso. Casada há décadas com um grande empresário
italiano, Emma parece perdida nesse mundo de riquezas. Quando seu filho retorna
de viagem e lhe apresenta um amigo, toda a frustração da protagonista parece
ter fim. Com tons melodramáticos e uma atuação primorosa de Tilda Swinton, <i>Um
Sonho de Amor</i> traz uma belíssima direção de arte e figurinos, além de uma
trilha sonora de primeira.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">53. O Grupo Baader
Meinhof<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">54. Marnie – Confissões
de uma Ladra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">55. Cidade dos Sonhos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-EBPXKbeIc0CYaVweCphk1j7bkyoie828IWY_KmmOV7HEQRJzX8v8Vtl7UIvLKwQ8tlkUnmqzhGHnTJFkfuc788d9R7t9NmqKzzJoFlKMbg9XCZG77QBEKUgibkUhjvVZfFVK1xVmqUw/s1600/invasion-poster1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-EBPXKbeIc0CYaVweCphk1j7bkyoie828IWY_KmmOV7HEQRJzX8v8Vtl7UIvLKwQ8tlkUnmqzhGHnTJFkfuc788d9R7t9NmqKzzJoFlKMbg9XCZG77QBEKUgibkUhjvVZfFVK1xVmqUw/s1600/invasion-poster1.jpg" width="132" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">56. Vampiros de Almas / Invasores de Corpos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">É
trapaça mesmo. Aqui não cito apenas um filme, mas dois. Porém ambos são
baseados na mesma história e ambas versões são excelentes, fazendo com que esse
pequeno deslize mereça o perdão. Lançado em 1956, Vampiros de Almas era baseado
no conto de Jack Finney sobre uma invasão alienígena que ao a humanidade
dormir, os transformava em zumbis que não demonstravam sentimento algum. Metáfora
para a chegada do comunismo, em seus diversos remakes, Vampiros de Almas já foi
utilizado como figura de linguagem para a AIDS, a guerra fria e o terrorismo. É
sem dúvida uma das melhores ficções científicas já realizadas na história do
cinema.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">57. Você é o Próximo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">58. O Profissional<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">59. Blackfish<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfJtbRxZM20-ZdXA3IaiIT9Jiz2QjCJXQKBMv4XNnKqqXv4-4dRaNsqb3Bouc9Jn7MK3hfkC6Bdu9p74TqdkBNRQdfe6THom4Mkr1Uq2VunTNvclN7Jr4qg3irjnvBYjWcZCnthfOYd6Y/s1600/being-elmo-movie-poster.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfJtbRxZM20-ZdXA3IaiIT9Jiz2QjCJXQKBMv4XNnKqqXv4-4dRaNsqb3Bouc9Jn7MK3hfkC6Bdu9p74TqdkBNRQdfe6THom4Mkr1Uq2VunTNvclN7Jr4qg3irjnvBYjWcZCnthfOYd6Y/s1600/being-elmo-movie-poster.png" style="cursor: move;" width="134" /></a><b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">60. Being Elmo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Quem
fica por trás dos bonecos que ganham vida em histórias dos Muppets e Vila
Sésamo? Que história eles trazem e afinal, como vieram parar ali. Being Elmo,
se propõe a responder e homenagear uma dessas pessoas, Kevin Clash, o homem por
trás da voz e movimentos de um dos mais queridos personagens da cultura
americano: Elmo, da Vila Sésamo. O pequeno menino vermelho de nariz amarelo e
olhos esbugalhados dá agora espaço para conhecermos o seu “criador” e a
trajetória pessoal e profissional de Clash.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">61. Kaboom<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">62. Aqui é o Meu Lugar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">63. Pi<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">64. Spider – Desafie sua Mente</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuT0YTqd3JbD5me7TzH87RpdVmfnEZOwmTsPfM5ibfMqVFN_ZqPY3M-IvvUOnRdjCUFSrt1R0Iuh16s_s1B3Xfp58pO52zeBfh-xqMmEtpSsLQYzJdlBOYm0jOvDKNgGKN5SVgK8T0cM/s1600/9906774_800.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuT0YTqd3JbD5me7TzH87RpdVmfnEZOwmTsPfM5ibfMqVFN_ZqPY3M-IvvUOnRdjCUFSrt1R0Iuh16s_s1B3Xfp58pO52zeBfh-xqMmEtpSsLQYzJdlBOYm0jOvDKNgGKN5SVgK8T0cM/s1600/9906774_800.jpg" width="141" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">65. O Reino dos Gatos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Dos
estúdio Ghibli, vem mais uma fábula sobre lar, amadurecimento e animais! Após
salvar um gato de um atropelamento, a jovem Haru se vê involuntariamente ligada
ao gato, que na verdade é um príncipe gato de um reino mágico do qual ele está
decidido em torná-la rainha. Somente produzido pelo mestre da animação Hayao
Miyazaki, O Reino dos Gatos é uma animação rápida e divertida repleta de lições
e boas piadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">66. Matilda<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">67. O Pequeno Nicolau<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">68. Bridegroom<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">69. O Segredo da Cabana</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">70. La Femme Nikita<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlA05PNckdJEy5L-Sey-jIb7vbaT0g-yNqm4_I-EIwrdABec9NvIcjFl-IQHKzb5_8lOGFTiXwLKKYLLL3r3UMKAdqquCicrL_vJCV8L_wcyD0qZqdI5ux1aa-zxPY4k61fN2a1HTau1E/s1600/2PZqEgXK39PQ1dfHIpAhaHMalUU.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlA05PNckdJEy5L-Sey-jIb7vbaT0g-yNqm4_I-EIwrdABec9NvIcjFl-IQHKzb5_8lOGFTiXwLKKYLLL3r3UMKAdqquCicrL_vJCV8L_wcyD0qZqdI5ux1aa-zxPY4k61fN2a1HTau1E/s1600/2PZqEgXK39PQ1dfHIpAhaHMalUU.jpg" width="125" /></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Bem
antes de <i>Lucy</i>, com Scarlett Johansson, Luc Besson já apresentou uma outra
magnífica personagem: Nikita. A superprodução de ação francesa foi tão marcante
nos anos 90 que inclusive ganhou um (péssimo) remake americano. Na história, a
personagem-título é uma criminosa que é presa, mas logo é colocada em um
programa secreto do governo francês onde é reeducada para se tornar uma máquina
assassina.<b><o:p></o:p></b></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-42738374133582893572014-12-26T12:44:00.001-08:002014-12-26T12:44:09.649-08:00O Desaparecimento de Eleanor Rigby (Ned Benson, 2014)Ned Benson, diretor de<b> O Desaparecimento de Eleanor Rigby</b><i> (The Disappearance of Eleanor Rigby, 2014)</i> deve estar saturado de ouvir falar de sua produção. Estrelado pela fascinante Jessica Chastain e o sempre simpático James McAvoy, <b>Eleanor Rigby</b> possui o total de três versões para o cinema. E todas as três foram, de certa forma, lançadas para o público, mesmo que não comercialmente. Exibido originalmente em 2013 no Festival de Toronto, a produção de Benson era dividida em duas partes, uma contava a história pela perspectiva da personagem título e a outra pela perspectiva do marido, Conor. Em seguida da exibição no festival, o diretor já encaminhava um terceiro corte, juntando a visão de ambos e que seria lançada comercialmente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJ3J4S4Rb3a9ZeX7Hu5y-1dtwh0ktBeSXhh43otOTNTIcSG35WUwXaBtCa_uEFR2F8_RenWg_VGnGQaqsD7Lr9uXfBpdoLr1fFzwTCteiHc4WynhjxRXasDreNlpoTc92AP6hGBq_g44/s1600/EleanorRigby1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJ3J4S4Rb3a9ZeX7Hu5y-1dtwh0ktBeSXhh43otOTNTIcSG35WUwXaBtCa_uEFR2F8_RenWg_VGnGQaqsD7Lr9uXfBpdoLr1fFzwTCteiHc4WynhjxRXasDreNlpoTc92AP6hGBq_g44/s1600/EleanorRigby1.jpg" height="200" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Batizada devido à famosa canção dos Beatles, Eleanor (Chastain) é casada com Conor (McAvoy) e como o filme coloca nos minutos iniciais, são o casal perfeito. Fugindo de pagar a conta em um restaurante se mostram românticos e é notável como se complementam. Mas tudo muda com a tentativa de suicídio de Eleanor e seu subito desaparacimento, que também leva a uma insistência em não querer rever Conor. A plateia é colocada em banho-Maria sem saber ao certo o que levou o casal a esse momento tão triste da relação. E, aos poucos, Benson vai nos dando indícios ali e acolá e, assim como seus personagens, tudo fica nas entrelinhas sem ousar falar diretamente a respeito. Entramos automaticamente no luto que Eleanor vive constantemente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSb0QFfDenVdde0uWEU-j6G8Eg0EWn4MKcyX-ZSva74AKf62gxT6gwOnHJiOWo2Gz1c99J6zFmIVjrCzINYJAU_WtFSdsD45wSgH1JIfty_ERDJgaYJ9wbch0d99FxsGCSb8dupurWoLA/s1600/doer_pub_still_lg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSb0QFfDenVdde0uWEU-j6G8Eg0EWn4MKcyX-ZSva74AKf62gxT6gwOnHJiOWo2Gz1c99J6zFmIVjrCzINYJAU_WtFSdsD45wSgH1JIfty_ERDJgaYJ9wbch0d99FxsGCSb8dupurWoLA/s1600/doer_pub_still_lg.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Jessica Chastain surge roubando com momentos belíssimos ao lado de atrizes como Viola Davis e a francesa Isabelle Huppert (que interpreta a mãe de Eleanor). Como temática, o filme acaba lembrando produções como <b>Reencontrando a Felicidade</b> (2011) e até mesmo <b>A Árvore da Vida </b>(2011), também estrelado por Chastain. <b>O Desaparecimento de Eleanor Rigby</b> realmente deve ser excepcional em suas outras duas versões que visitam a perspectiva individual de Eleanor e Conor, justificando melhor algumas escolhas e ações dos personagens. Mas essa terceira versão, que ganhou informalmente o subtítulo de "Eles", ganha muito ao transmitir o sentimento que persegue o casal protagonista.<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-45686545297858628052014-07-24T11:00:00.000-07:002014-07-24T11:06:13.022-07:00Grace de Mônaco (de Olivier Dahan, 2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvhagrM3ATpnym1gGHJWvgHWDGeJv1x5WdmUkatStqEsYIfHtiGYN4z-Vlw91dpd3UgsHD8zm0_rod_Wc8ylYc-4AFIktsdvQRb2laVkSfPV_ySvp9VPqrPOF0ObqGacY3109lpGoBF3w/s1600/u9C7Uol7wpi5dWMVxwpvNWkT6m2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvhagrM3ATpnym1gGHJWvgHWDGeJv1x5WdmUkatStqEsYIfHtiGYN4z-Vlw91dpd3UgsHD8zm0_rod_Wc8ylYc-4AFIktsdvQRb2laVkSfPV_ySvp9VPqrPOF0ObqGacY3109lpGoBF3w/s1600/u9C7Uol7wpi5dWMVxwpvNWkT6m2.jpg" height="320" width="220" /></a></div>
Uma sensação de desapontamento perpassa toda a exibição de <b>Grace de Mônaco</b> (Grace de Monaco, 2014), e o sentimento não é apenas gerado devido as altas expectativas pela história da atriz e princesa Grace Kelly (Nicole Kidman), mas também pela direção pobre e exagerada de Olivier Dahan, diretor de <i>Piaf - Um Hino ao Amor</i> (2007).<br />
<br />
Se em <i>Piaf</i>, a direção de Dahan era salva pela perfomance carismática de Marion Cottilard e em como conseguiu de forma satisfatória se utilizar do melodrama, aqui em Grace, quase 7 anos após a cinebiografia da cantora francesa, assistimos à uma produção sem carisma, sem paixão e que parece se firmar em estruturas que poderiam ser fortes e interessantes, mas que se tornam fracas e sem muita profundidade: política, insatisfação, sacrifícios e a força de uma mulher, não de Grace Kelly atriz ou Grace, a Princesa de Mônaco, mas sim o papel que uma mulher precisa exercer em função daqueles que ama e com isso, sacrificar-se.<br />
<br />
Não era exagerada a reação de Harvey Weinstein em querer reeditar a obra para lançá-la no mercado norte-americano. Um dos problemas de Dahan reside exatamente aí, na montagem e no ritmo que essa dá ao seu filme. Sem focar nos closes e se aproximando de planos detalhe dos olhos de Kidman durante toda cena tensa ou emocional, o diretor é puro excesso. Mesmo que isso seja característico de sua inspiração principal, os melodramas, sua direção deixaria Douglas Sirk com vergonha. Afinal, ao contrário de Dahan, Sirk (pai do melodrama) com todo seu domínio não ameaçava abordar um assunto ou o apontava de forma superficial, ia no cerne da problemática apontada. Faltou coragem a Dahan de encontrar esse cerne. Mas resta ao diretor apenas o sentimento que Grace Kelly deve ter sentido ao ver que sua vida em Mônaco seria só mais um papel ficcional que viria a desempenhar: frustração.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-83886496744875151472014-01-08T16:44:00.000-08:002014-07-30T07:23:11.493-07:00As Escolhas de Adèle<div class="MsoNormal">
Chega a ser difícil escolher por onde iniciar um comentário sobre <b>Azul é a Cor Mais Quente</b>, afinal em suas três horas de projeção o diretor Abdellatif Kechiche nos apresenta tantas camadas riquíssimas de interpretação. Partindo da <i>graphic novel</i> de Julie Maroh, o diretor propõe ao espectador ser um voyeur da rotina e do amadurecimento de uma garota que está se descobrindo e fazendo a tão difícil transição da juventude para a idade adulta, lembrando muito uma outra sensação desse ano nos cinemas, a desajeitada <b>Frances Ha</b> (2013). Mas se a personagem de Greta Gerwig e Noah Baumbach quer se encontrar profissionalmente e como artista, a protagonista de Azul, Adèle, quer se encontrar através do amor e da sua total amplitude sexual.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O ponta pé inicial para esses acontecimentos se darão ao simplesmente atravessar a rua e cruzar olhares com Emma (Léa Seydoux), uma artista plástica de cabelos azuis. Esse amor à primeira vista deixa um vazio, que Adèle retira, junto de seus colegas na escola, das páginas de A Vida de Marianne, de Pierre de Marivaux. E assim como Marivaux descreve e dá voz a uma história tão feminina, Kechiche faz o mesmo. Com uma delicadeza singular e com Adèle Exarchopoulos como sua Marianne, musa e veículo.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Azul</b> é um filme que trata de sentimentos, do amor essencialmente. E ao traduzi-lo na linguagem cinematográfica pode-se cair em extremos, do piegas ao distanciamento frívolo. Mas Abdellatif opta por demonstrar toda essa paixão através de planos de gestos, olhares, toques e pele. É um cinema carnal, afinal é também através da carne que achamos a forma de expressarmos o que sentimos. E Adèle, tanto atriz e personagem, é utilizada quase à exaustão.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Após aquela troca de olhares com Emma, a vida da nossa “heroína” vira do avesso. O garoto que paquerava na escola já não faz sentido e meio sem esperar, é surpreendida por uma colega que lhe oferece a porta de entrada para uma nova possibilidade, um universo em que garotas beijam garotas. E Adèle se joga com força, mas é rejeitada pela garota que tenta explicar que “foi só um beijo”. Essa mesma garota assistirá de longe a cena em que a protagonista é confrontada por suas colegas se é ou não lésbica em uma discussão forte. Kechiche nesse momento passa a representar a França, os gays que de um lado não se assumem por temer represálias e a sociedade classe-média do país que não sabe lidar com a diversidade sexual. Uma França insegura corre por <b>Azul</b>. Seja através das colegas que temem que Adèle queira se relacionar de alguma outra forma com elas como também, através da insegurança financeira. É nessa parte que, quase explicitamente, Kechiche nos entrega um comparativo de duas famílias. Se a de Emma é libertina, artística, já passou por uma separação e janta ostras afrodisíacas, por outro lado a de Adèle é o básico. Seus pais são casados e jantam religiosamente macarrão à bolonhesa com vinho tinto e criaram a garota para seguir um futuro que não precisa ser brilhante, mas sim seguro financeiramente, afinal a crise pode estar logo ali na esquina. Adèle prefere ser professora primária, apesar de ler, interpretar e escrever muito bem, tudo para se tornar uma ótima escritora. Ela não almeja grandes planos. Existir e estar segura parece bastar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E é esse um dos pontos da segunda parte do filme, que é dividio em dois capítulos, o momento em que o casal se descobre e o momento em que tudo começa a desmoronar. O relacionamento vai sofrendo desgastes. Emma parece almejar uma companheira mais ambiciosa e Adèle gostaria de ter mais ainda de Emma, que parece ocupada com sua carreira e ambição, que lhe faz tanto falta. Com essa personagem errante e desligada, Exarchopoulos entrega a performance do ano, totalmente entregue de corpo e alma e aos improvisos, que Kechiche decidiu modificar o título na França para A Vida de Adèle, referência ao livro de Marivaux e também à própria atriz e os métodos de filmagem improvisados do diretor e que impossibilitavam manter o nome da personagem da graphic novel de Marioh, Clementine, já que todos no set a chamavam pelo seu nome da atriz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fato é que filme é feito de escolhas de Adèle, a personagem, e o universo ao seu redor é constituído de ação e reação. Em nenhum momento Kechiche rotula sua personagem-título de lésbica. Ela experimenta sua sexualidade, o que sente. E escolhe amar sem barreiras. E escolhe também trair Emma com um homem. E é a partir daí que se desenrolam cenas explosivas e de muito arrependimento. Belíssimas e dolorosas. São as escolhas, e às vezes elas são feitas da pior maneira possível. Mesmo assim, o coração dela pertence à Emma e as tentativas de arrumar a bagunça ecoam na mente. Em um dos momentos mais fortes, as duas se encontram em um café. A desconstrução do casal é devastadora. E como seguir em frente quando aquela que tanto foi amada e a amou já não a ama mais?</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Na cena final, em um coquetel de uma exposição de Emma, Adéle realiza que sua ex seguiu com a vida, constituindo uma família, continuando com seus trabalhos mesmo com o coração partido de ter sido traída, mesmo que as coisas não tenham mais aquele calor que o relacionamento de ambas possuía. Mas ela parece não acreditar, já que, por outro lado, ela ruminou esse amor e manteve a esperança de que um dia teria uma segunda chance. Nem as investidas de um conhecido dos velhos tempos com Emma ela enxerga. Sai da exposição cega, trilhando de volta o caminho pelo qual chegou. O cara interessado corre atrás dela e a torcida vibra com um final feliz. Mas ele pega um rumo oposto e como espectadores, notamos que o reencontro de ambos vai ser quase impossível. Se ele saiu em busca do carro, a rua que a garota tomou é na contramão. Somos levados a um final que não passa nem perto dos romances americanos. Mas é ali que inicia a verdadeira vida de Adèle, chocada com a realidade e, quem sabe, obstinada a superar seu primeiro coração partido. Em meio a tantas interpretações, Kechiche ainda nos oferece esse final em aberto. Mas deixa, quem sabe, uma mensagem... o que não mata, fortalece.<br />
<br />
<i>Publicado originalmente na edição #6 do Zinematógrafo.</i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-4975204833306196622012-08-22T17:58:00.002-07:002012-11-23T16:51:52.378-08:00Listas: O Top 50 de Susan Sontag<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Ensaísta, ativista, cineasta, ícone literário. Multifacetada. Muitas palavras podem surgir para tentar resumir o irresumível seja quanto a figura e real profissão, como a pessoa que foi Susan Sontag. Falecida em 2004, a escritora foi uma das mulheres mais interessantes de todos os tempos e sempre manteve opiniões fortes a respeito de tudo e todos. Há alguns meses, li parte dos diários dela, que foram publicados no país pela Companhia das Letras sob o título: <b>Diários</b> (1947-1963). Tendo os escritos editados pelo filho de Sontag, o livro é um daqueles achados. Alguns podem achar que ler diários de personalidades não é algo interessante e até invasivo. No caso de Susan Sontag é um verdadeiro sopro de inspiração. A escritora coloca suas dúvidas em relação ao mundo, família, amores e arte. E uma das partes mais interessantes é ver o nascer uma escritora e artista.</div>
Um dos pontos altos (que são muitos), são as listas de filmes, livros e lugares que a escritora fazia. Chega a ser emocionante para aqueles que adoram uma boa lista.<br />
A lista abaixo não foi retirada de Diários, mas de outro livro que reúne mais escritos particulares de Sontag e que não foi lançado no país (são os diários de 1964 à 1980). Datada de 1977, são 50 filmes considerados imperdíveis por ela.<br />
<br />
<a name='more'></a><blockquote class="tr_bq">
1. Bresson, Pickpocket<br />
2. Kubrick, 2001<br />
3. Vidor, The Big Parade<br />
4. Visconti, Ossessione<br />
5. Kurosawa, High and Low<br />
6. [Hans-Jürgen] Syberberg, Hitler<br />
7. Godard, 2 ou 3 Choses …<br />
8. Rossellini, Louis XIV<br />
9. Renoir, La Règle du Jeu<br />
10. Ozu, Tokyo Story<br />
11. Dreyer, Gertrud<br />
12. Eisenstein, Potemkin<br />
13. Von Sternberg, The Blue Angel<br />
14. Lang, Dr. Mabuse<br />
15. Antonioni, L’Eclisse<br />
16. Bresson, Un Condamné à Mort …<br />
17. Gance, Napoléon<br />
18. Vertov, The Man with the [Movie] Camera<br />
19. [Louis] Feuillade, Judex<br />
20. Anger, Inauguration of the Pleasure Dome<br />
21. Godard, Vivre Sa Vie<br />
22. Bellocchio, Pugni in Tasca<br />
23. [Marcel] Carné, Les Enfants du Paradis<br />
24. Kurosawa, The Seven Samurai<br />
25. [Jacques] Tati, Playtime<br />
26. Truffaut, L’Enfant Sauvage<br />
27. [Jacques] Rivette, L’Amour Fou<br />
28. Eisenstein, Strike<br />
29. Von Stroheim, Greed<br />
30. Straub, …Anna Magdalena Bach<br />
31. Taviani bro[ther]s, Padre Padrone<br />
32. Resnais, Muriel<br />
33. [Jacques] Becker, Le Trou<br />
34. Cocteau, La Belle et la Bête<br />
35. Bergman, Persona<br />
36. [Rainer Werner] Fassbinder, … Petra von Kant<br />
37. Griffith, Intolerance<br />
38. Godard, Contempt<br />
39. [Chris] Marker, La Jetée<br />
40. Conner, Crossroads<br />
41. Fassbinder, Chinese Roulette<br />
42. Renoir, La Grande Illusion<br />
43. [Max] Ophüls, The Earrings of Madame de …<br />
44. [Iosif] Kheifits, The Lady with the Little Dog<br />
45. Godard, Les Carabiniers<br />
46. Bresson, Lancelot du Lac<br />
47. Ford, The Searchers<br />
48. Bertolucci, Prima della Rivoluzione<br />
49. Pasolini, Teorema<br />
50. [Leontine] Sagan, Mädchen in Uniform</blockquote>
<br />
<b>Fonte:</b> The New York TimesUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-42913546600002696072011-10-09T15:37:00.000-07:002011-10-09T16:23:21.717-07:00Vamos ao resgate?Essa semana fui ao <i>Theatro Guarany</i> conferir o documentário da Moviola Filmes: <b>O Liberdade.</b> Um filme repleto de sentimento e que faz um bom resgate da cultura local que se encontra nesse pequeno restaurante popular durante o dia e à noite um verdadeiro reduto da música brasileira. História viva diante de toda uma cidade que a desconhecia, agora resgatada.<br /><br />Aguardando o início da sessão acabei vagando pelo Theatro e fiquei impressionado com alguns materiais que enfeitam alguns cantos do local. Stills e materiais promocionais de diversas produções que muitos nem conhecem e que tiveram lá sua importância em alguns momentos da história do cinema. Fiquei um tanto feliz em reconhecer a maioria das imagens de filmes que adoro e tenho um carinho bem especial. Através desses materiais e filmes, me veio aquela sensação de deslocamento espaço-tempo que acontece seguido, mas que já nem ligo. Tanto que entre os materiais que estavam pelas paredes do local notei alguns de produções americanas dos anos 40 e 50. Verdadeiras raridades.<br /><br />Que me lembro agora, vi um miniposter de <b>Acordes do Coração</b> (Humoresque) com Joan Crawford sendo anunciada em uma chamada mais ou menos como “<i>Depois de seu Oscar por Alma em Suplício</i>”. Acabei imaginando se <b>Alma em Suplício</b>, clássico do melodrama noir (e que comentei em um post anterior) havia sido exibido por essas bandas e o que P. F. Gastal teria a dizer sobre aqueles filmes todos. Notei também uma foto de um filme menor da Paramount com Jane Wyman, mas não recordo o nome. E claro, diversos de western e algumas produções descartáveis dos anos 90. Foi aí que esse momento acabou me trazendo a memória um pouco que vivi com os cinemas daqui da cidade e até mesmo uma ocasião envolvendo o Guarany.<br /><br />Me lembro de quando muito pequeno, quando o então Cine-Theatro estava prestes a fechar, meu pai queria me levar para assistir <b>O Hóspede Quer Bananas</b>, um desses filmes que a Fox lançava nos anos 90 com animais inteligentíssimos que faziam mil e uma travessuras. Depois a Globo reprisou incansavelmente. Bom, não lembro bem ao certo o motivo de eu não ter escolhido esse filme ou que outro filme eu acabei assistindo naquela matinê de domingo. Mas depois do fechamento do Guarany como cinema, sempre fiquei com uma ponta de erro por não ter aceitado assistir essa filme, assim como fiquei quando me neguei a assistir <b>Licença para Casar</b>, quando o Capitólio fatidicamente fechou em 2008.<br /><br />Depois de passar por toda essa onda de saudade de todos os demais cinemas de calçada, veio – como sempre – à tona que restou somente um cinema em Pelotas. Uma cidade que conta com cursos de graduação voltados ao audiovisual e festival de cinema. Sendo que essa única sala de cinema se localiza quase que rusticamente em uma galeria.<div><br />Escuto as pessoas sempre denegrindo a sala. Porém fico pensando... e se essa sala fechar? Agradeço que seu João (um dos donos) e seus funcionários ainda tenham forças para manter o negócio. Revisitei a sala 3 esses dias e voltarei a visitar essa semana para assistir <b>Missão Madrinha de Casamento</b> (uma das melhores comédias do ano, escrevem diversos meios). E apesar de ser a pior sala das 3 que o<b> Cineart</b> possui, ainda assim entro nela e sento com as pernas apertadas pela poltrona da frente, praticamente cego de felicidade por aquela sala ainda estar ali. Realmente, não possuiu padrão de sala da capital ou das diversas salas que tivemos. Mas se não está bom, vamos ficar reclamando? Não está na hora de fazermos algo?<br /><br />Contanto que o Cineart, os atuais cineclubes e aquelas meras imagens na parede do Guarany ainda existam, estaremos a salvo. Agora, não podemos esperar sentados em alguma poltrona da sala 3. Está na hora de parar de transformar os cinemas em igrejas, estacionamentos, supermercados ou ainda, abandoná-los. É o momento de reabri-los, buscar suas histórias e seguir em frente com novas salas. Salas que tenham abrangência diversa. Dos blockbusters, passando pelo cinema europeu e principalmente o nosso cinema brasileiro. O público existe em Pelotas. Diversos projetos estão aí para provar, incluindo <b>O Liberdade</b>, que superlotou o Theatro Guarany.<br /><br />Existem tantos casarões tombados nessa cidade e muitos vazios e que lembram a alta sociedade local. Belíssima, bem maquiada, com ar de superioridade e fortuna por fora, mas muitíssimo vazia e até mesmo pobre. Vivendo meramente de aparências.</div><div><br />Todo esse meu desabafo – que considero superficial, dado tantos desdobramentos que esse assunto pode trazer – estalou na minha mente com uma pequena reportagem da <b>Folha de São Paulo</b> que relata que salas de cinema de calçada antes abandonadas, agora começam a reabrir no Rio de Janeiro e Niterói. Além do <b>Belas Artes</b>, de São Paulo, que será tombado como patrimônio da cidade e quem sabe, voltará a funcionar novamente. Então, vamos resgatar as nossas salas também?<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-34469202701291321762011-08-29T09:33:00.000-07:002011-08-29T09:38:56.830-07:00Festival de Gramado: quando todos merecem mais<div>Quando voltei do Festival de Cinema de Gramado, abri um jornal da minha cidade, Pelotas, procurando algum texto relativo à esta 39ª edição. Foi com muito pesar que acabei notando que o mais representativo festival nacional fora resumido a algumas palavras-chave como frio, celebridades e turistas. O texto tão genérico pareceu falar de todas as 39 edições do festival. Ele não falava do que mais diferencia cada edição: filmes, debates, seminários e público. Sim, o festival gaúcho é representativo quanto aos aspectos citados pelo jornal local, porém, mais do que isto, existem por trás do evento pessoas pouco interessadas se está frio, se Fábio Assunção aparecerá ou não no tapete vermelho, ou quais lembrancinhas levar aos familiares. É uma maratona fílmica, em busca de uma produção digna de ser dita interessante, inovadora e que traga ao cinema brasileiro e latino um certo respiro.</div><div>
<br /></div><div>Na edição deste ano, participei como integrante do Júri Estudantil representando o curso de cinema da Universidade Federal de Pelotas. É claro que meu objetivo com a ida ao festival não era nem um pouco turístico, mesmo que essa também fosse a minha primeira vez na mais famosa cidade da serra gaúcha e em um festival de cinema tão histórico. Anteriormente, só havia acompanhado Gramado pelos jornais impressos e televisivos durante a infância e ultimamente, já com meus bom idos 22 anos, pela internet, que permite a qualquer um acompanhar festivais do mundo inteiro. Fazendo parte do corpo de jurados de estudantes de cinema, a visão esperada para tal deveria ser friamente técnica, diriam alguns.</div><div>
<br /></div><div>Houve, naturalmente, uma tentativa para avaliar cada por sua qualidade técnica, porém não só isto. Outros quesitos acabavam por nos ocupar a mente, como a questão do tema, em como tal filme se inseria na programação do festival, se já era algo usual e até mesmo a sua relevância no cenário tanto cinematográfico como histórico atual.</div><div>
<br /></div><div><b>Competição mediana</b></div><div>
<br /></div><div>Foi surpreendente encontrar tantas produções nacionais de qualidade média a ruim. Dos sete filmes na Mostra Competitiva de longas brasileiros, poucos seriam salvos. Riscado, de Gustavo Pizzi, foi realmente um achado, uma abertura grandiosa e que, para mim, ofuscou o brilho (já não tão forte) de <b><i>O Palhaço</i></b>, de Selton Mello. <b><i>Uma Longa Viagem</i></b>, de Lúcia Murat, é tão singelo, tocante, despudorado. Como bem disse durante um dos debates a jornalista Maria do Rosário Caetano, da Revista de Cinema, rimos juntamente com o irmão da diretora quanto às suas desventuras pelo mundo, nunca rimos dele por seus problemas. A junção de documentário e dramatização, muito bem realizada por Murat, através de Caio Blat, consegue ser lírica sem desandar e acabar em um <b><i>Ponto Final</i></b>, filme esse do diretor Marcelo Taranto, um grande desapontamento. Contando no elenco com Hermila Guedes, o filme de Taranto tinha a promessa de algo interessante em função da presença da atriz. Porém, o diretor conseguiu apagá-la, e nem precisou tirá-la de cena. Dando à Hermila falas que caberiam em um pequeno livro de frases de auto-ajuda barato, ele conseguiu desaparecer com qualquer resquício daquela atriz que embasbacou o público em <b><i>O Céu de Suely</i></b>.</div><div>
<br /></div><div>Aliás, durante os debates, Taranto defendeu a idéia de é um autor. Se especializou academicamente em cinema de autor e por isso, ao que parece, é um autor. Oras, essa ladainha de autor já é um tanto ultrapassada. Um cineasta que decide criar meramente uma estética com palavras bonitas, iluminação e cenários diferenciados do restante, necessariamente, não é um autor. Um autor surge naturalmente, sem esforços, tentando buscar um cinema pessoal que dialogue com o espectador.<b><i> País do Desejo</i></b>, de Paulo Caldas sofre do mesmo mal. E também poderia ter sido um melodrama interessante se trabalhasse com mais ritmo. Talvez resida na preocupação em parecer autoral que fez com que ambos os filmes pouco pareçam… autorais. Acabam se tornando retratos pobres. Ameaças, tentativas de serem autorais. Para tanto, Gustavo Pizzi e Lucia Murat não se esforçaram em momento algum nos debates tentando externar explicitamente que são cineastas autorais, eram eles, entretanto os mais autores.</div><div>
<br /></div><div><b>Quando a panorâmica se sobressai</b></div><div>
<br /></div><div>Diversidade também apareceu na Mostra Panorâmica, prêmio da categoria que é concedido somente por nós, júri estudantil. De certa forma, a escolha do filme entre nós oscilou entre dois: <b><i>Mundialito</i></b> e <b><i>Transeunte</i></b>, posteriormente defindo-se, felizmente, pelo filme de Eryk Rocha. Particularmente, e deixo aqui aberto o meu voto, <b><i>Mãe e Filha</i></b>, de Petrus Cariry, era o grande merecedor. Acabaram-se os créditos e fiz o que não havia feito durante todos os filmes exibidos nessa edição e em todas as mostras: procurei a equipe para saber mais, indagar e questionar se havia previsão de lançá-lo comercialmente, mesmo que em pequenas salas. O filme me arrebatou. Foi um dos poucos que fiz enormes anotações e achava que elas, as anotações, não acabariam tão cedo. Ainda convivo com o filme na minha mente. Conversei um bom tempo com Zezita Matos, protagonista do filme, e só pensava: esse filme precisava de um debate. A riqueza que Zezita me passou a respeito da realização do filme foi ímpar. E foi um dos momentos em que notei algo que faltava em Gramado, além de cópias em película para as produções latino-americanas e algo que tapasse as goteiras do Palácio. Pode parecer exagero, mas senti falta de mesas de debate com realizadores da mostra panorâmica. A conversa no saguão do palácio muitas vezes não parecia suficiente e realizadores que, como diz o nome da mostra, dão um panorama das produções do país , pareciam ficar sem voz no festival. E residia ali, na panorâmica, obras de maior expressão que vários títulos da competitiva.</div><div>
<br /></div><div>Um dos pontos problematizados quanto a premiação para <b><i>Mundialito</i></b> foi exatamente isso: o documentário se sobressaía como documentário? Sua forma, sua linguagem era superior à média? De forma alguma desmerecendo a produção do documentário, mas acabei levantando questões relativas a <b><i>Transeunte</i></b> e <b><i>Mãe e Filha</i></b>. Filmes excepcionais e que poderiam morrer ali, no circuito de festivais e sem prêmios. E não é um perfil preconceituoso nomear um filme de “filme de festival”. É basicamente notar aquela produção que possivelmente não encontrará distribuição e espaço fora desse circuito, infelizmente. Fica ao nosso encargo fazer o público, mídia e interessados prestarem atenção nesse ou aquele filme que pode ser uma grande descoberta , e até mesmo, inspiração para outros estudantes. O filme de Eryk Rocha foi o mais próximo que chegamos de um consenso e considero uma escolha feliz, dado o retrato belíssimo da solidão na terceira idade, com uma linha tênue entre ficção e documentário. Sem contar é claro, a ótima atuação de Fernando Bezerra.</div><div>
<br /></div><div><b>Os miniciclos</b></div><div>
<br /></div><div>Foi notável que a cada dia das mostras existiam miniciclos. A curadoria de José Carlos Avellar e Sérgio Sanz é diferenciada. A cada debate era possível, sem forçar, interligar os filmes. Até mesmo de diferentes dias e mostras. Para mim, existia uma relação clara entre alguns dos filmes: a solidão, isolamento e toda uma questão cíclica. Mas não havia como ficar animado ao ver que o cinema latino-americano parecia estar vivendo de um tripé antigo para contar suas histórias: ditaduras, crianças, classe baixa versus classe alta. <b><i>La Leccion de Pintura</i></b> e <b><i>Las Malas Intenciones</i></b>, são exemplos. De certa forma, histórias muito parecidas já foram contadas, tanto que Andres Wood, de <b><i>Machuca</i></b>, figura como um dos produtores de <b><i>La Leccion de Pintura</i></b>. Não quero de forma alguma desmerecer o trabalho do diretor chileno Pablo Perelman ou a seleção de Avellar e Sanz. <b><i>La Leccion</i></b> parte de uma bela alegoria e nos oferece um final que é um verdadeiro baque e a seleção dos filmes forma um diálogo.</div><div>
<br /></div><div>Outro fato interessante foi notar que em <b><i>A Tiro de Piedra</i></b>, o diretor Sebastian Hiriart nos omite um dos pontos que qualquer cineasta vislumbrado pela jornada do protagonista faria: mostrar sua travessia do México para os Estados Unidos. Reside aí o diferencial da película entre tantos. O argentino <b><i>Medianeras</i></b> foi o mais leve de todos os filmes, trouxe um quê de Woody Allen ao festival e não há como negar a campanha que vem sendo feita pela distribuidora que o nomeia “o namoradinho do público”. É realmente o filme querido, tanto que foi efusivamente aplaudido três vezes e ganhou o prêmio do Júri Popular no festival. O documentário uruguaio <b><i>El Casamiento</i></b> lembrou vagamente de <b><i>Grey Gardens</i></b> (1977), dos irmãos Maysles, duas pessoas isoladas vivendo e adoecendo juntamente. <b><i>Jean Gentil</i></b> , da República Dominicana, foi arrebatador ao confundir o ator e personagem, além de trazer questões como a religiosidade e a interação homem /natureza. Era clara a superioridade das produções latinas em comparação as brasileiras.</div><div>
<br /></div><div><b>Sudoeste ao sul</b></div><div>
<br /></div><div>A abertura de Selton Mello com <b><i>O Palhaço</i></b> foi o que se pode dizer de um bom aperitivo. Bom, mas não o suficiente. Durante a semana de exibições houve altos e baixos, mais baixos que altos, mas que tinham lá o seu porquê. O encerramento contou com um filme que há tempos havia lido um texto no blog do Luiz Carlos Merten, em que o crítico comentava de sua viagem ao set e a produção, portanto, prometia. Era Sudoeste, dirigido por Eduardo Nunes, estrelado e produzido por Simone Spoladore. O filme remete um tanto a <b><i>Limite</i></b>, de Mário Peixoto (que comemorou 80 anos de sua primeira projeção este ano) e traz consigo a questão do tempo, que não deixa de ser colocada também em <b><i>Mãe e Filha</i></b>, do Cariry. Foi um grande fechamento de festival e há de se considerar o filme de Nunes o hors concours dessa edição.</div><div>
<br /></div><div>A experiência de uma semana imerso em tantos filmes e rodeado de grandes críticos e pensadores do cinema, não só o brasileiro, foi indescritível. Gramado tem sim problemas que se sobressaem muitas vezes, mas ainda assim é um espaço aberto a discussão e melhorias. E todo quarentão que se preza deve se dar ao luxo de, quem sabe, entrar em uma crise efêmera.</div><div>
<br /></div><div>Muitas informações, filmes, diálogos e pensamentos a respeito de todo o festival ficam de fora, deixando talvez esse relato um tanto superficial, mas que tenta, ao menos, ser um pouco mais profundo que a reportagem do jornal local que citei no começo deste texto.</div><div>
<br /></div><div>-</div><div>
<br /></div><div><a href="http://abraccine.wordpress.com/2011/08/26/festival-de-gramado-2011-quando-todos-merecem-mais/">Publicado</a> originalmente no site da <b>ABRACCINE</b> (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-81550357681669128722011-08-17T06:38:00.000-07:002011-08-17T08:25:30.197-07:00cotações - longas - 39º festival de cinema de gramado<div>Publicando primeiro as cotações dos longas exibidos em Gramado. Como nos anos anteriores, a mostra de filmes latinos se sobressaiu em relação aos brasileiros. O conselho é bem claro: fiquem longe de filmes como <i>O Carteiro</i>, <i>País do Desejo</i> e <i>Ponto Final</i>.</div><div style="font-weight: bold; "><b> </b></div><div style="font-weight: bold; "><b>
<br /></b></div><b>Longas nacionais</b><div><b>
<br /></b></div><div><i>O Palhaço</i>, de Selton Mello <span class="Apple-style-span" >(fora de competição - filme de abertura)</span><b> ***</b></div><div><i>Riscado</i>, de Gustavo Pizzi<b> ****</b></div><div><i>Uma longa viagem</i>, de Lucia Murat<b> ***</b>/2
<br /></div><div><div><i>País do Desejo</i>, de Paulo Caldas */2</div><div><i>As hiper mulheres</i>, de Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro **/2</div></div><div><i>O Carteiro</i>, de Reginaldo Faria **</div><div><i>Olhe pra mim de novo</i>, de Kiko Goifman e Claudia Priscila ***</div><div><i>Ponto Final</i>, de Marcelo Taranto *</div><div><i>Sudoeste</i>, de Eduardo Nunes<span class="Apple-style-span" > (fora de competição - filme de encerramento) </span>****</div><div>
<br /></div><div>
<br /></div><div><b>Longas latinos</b></div><div>
<br /></div><div><i>Medianeras</i>, de Gustavo Taretto ****</div><div><i>A Tiro de Piedra</i>, de Sabastian Hiriat ***/2</div><div><i>Las Malas Intenciones</i>, de Rosario Garcia Montero ***</div><div><i>La Lección de Pintura</i>, de Pablo Perelman ***/2</div><div>Jean Gentil, de Laura Guzmán & Israel Cárdenas ****</div><div>El Casamiento, de Aldo Garay ***/2</div><div>García, José Luís Rugeles ***</div><div>
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4893526800644279241.post-49859783022703824602011-07-23T11:43:00.000-07:002012-11-23T17:04:05.854-08:00gigante (adrian biniez, uruguai, 2009)<b>Gigante </b>(2009) é um daqueles filmes singelos que conquista o público e crítica instantaneamente. De certa forma, relembra a época em que o cinema nada mais era do que um trabalho de contar uma história por imagens. Os diálogos no filme uruguaio são raros e quando aparecem não querem ser memoráveis, são falas do dia-a-dia dos personagens. São os atos dos envolvidos na trama que se sobressaem.<br />
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Dirigido pelo estreante em longas-metragens Adrian Biniez, Gigante é a história de uma paixão platônica, timidez e um pouco das dificuldades da vida dos uruguaios. Jara, o gigante do título, é um segurança grandalhão de um supermercado e seu trabalho consiste em vigiar as câmeras do local. Um dia se vê sorrindo ao se deparar com Julia, através das câmeras. Como um voyeur, ele inicia uma obsessão tamanha pela garota a ponto de usar de seu poder de vigilante para ajudá-la e até mesmo persegui-la, tudo em tom de romance.</div>
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A produção é como uma versão masculina e mais contida de <i>O Fabuloso Destino de Amélie Poulain</i> (2001), sem todo o excesso de informação visual, ao lidar com o tema do amor platônico. E tira de letra ao trazer o que o cinema uruguaio faz de melhor: o cotidiano e as dificuldades do país.</div>
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