10 de janeiro de 2015

Lucy (de Luc Besson, 2014)

Luc Besson apresentou ao cinema francês a capacidade de realizar blockbusters com a qualidade técnica dos norte-americanos, fazendo com que os europeus em nada ficassem devendo em termos de efeitos especiais e direção de arte. Mesmo com uma cinematografia excepcional os franceses ainda, em meio aos seus blockbusters à la Besson (e de Besson), parecem se manter na mesma linha que os americanos, levando à mediocridade as suas narrativas e temáticas.

Lucy
(2014), último filme do diretor que nos deu pérolas como o kitsch O Quinto Elemento (1997) e sua obra maior Leon: O Profissional (1994), traz o reflexo dessas problemáticas citadas. Inicia com uma edição que mesmo didática e exageradamente metafórica, parece querer traçar paralelos e aos poucos criar uma trama engenhosa. Ledo engano, quando menos esperamos estamos envoltos em perseguições, tiros e uma teia conspiratória que envolve a personagem-título. Após ser presa e usada como mula, Lucy, ao chegar com as drogas ao destinatário acaba sendo violentada. Com os socos e ponta-pés, o saco que carrega no estômago acaba por romper, fazendo com que a personagem absorva uma potente nova droga que será lançada no mercado de tráfico. Após absorver a substância, ela acaba acionando partes de seu cérebro que nenhum ser humano consegue, virando uma superinteligência. Certamente uma superinteligência da qual nem 1% foi parar nessa acéfala produção de Besson.

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